domingo, 16 de outubro de 2011

Pesquisas podem ajudar a salvar rinoceronte branco e um macaco africano ameaçados de extinção.

As células-tronco foram feitas a partir da pele dos animais, em um processo de "reprogramação" - nele, retrovírus e outras ferramentas da biologia celular moderna são usados para devolver as células a um estágio prévio de desenvolvimento.
Nesse estágio, as células são "pluripotentes", ou seja, podem ser induzidas a formar diferentes tipos de células específicas, como neurônios e cartilagens.
Os procedimentos em questão dependem muito de tentativas e erros, e os pesquisadores esperavam êxitos nos feitos com o macaco africano (chamado de drill), pelo histórico de experimentos prévios feitos com primatas. Mas os resultados das pesquisas com o rinoceronte surpreenderam.
"Não foi fácil fazer com que funcionasse, mas funcionou", disse Loring à BBC News.


Fonte: G1

'Gene mágico' aumenta a eficiência do tratamento com células-tronco. Novidade é 'grande passo adiante' para medicina regenerativa.

Pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, desenvolveram um novo sistema para criar células-tronco artificiais que reduz o risco de se elas tornarem cancerígenas, informa nesta quinta-feira o jornal econômico local "Nikkei".
A descoberta, que será publicada na revista científica "Nature", abre novas perspectivas na medicina regenerativa ao reduzir o que atualmente representa um dos maiores riscos do uso das células-tronco artificiais neste campo.
A pesquisa foi realizada por uma equipe de pesquisadores que inclui Shinya Yamanaka, médico especialista em cirurgia ortopédica, em colaboração com o Instituto Nacional de Ciência Industrial e Tecnologia Avançada (AIST) do Japão.
Em 2006, Yamanaka conseguiu gerar as chamadas células-tronco pluripotentes induzidas -- ou células iPS (na sigla em inglês) -- que possuem a capacidade de se transformar em qualquer tipo celular especializado, uma descoberta que lhe valeu vários reconhecimentos, entre eles o prestigioso Prêmio Shaw. Até a divulgação do trabalho de Yamanaka, os pesquisadores achavam que esta habilidade era exclusiva das células-tronco embrionárias.
O problema, no entanto, era que as células iPS tornavam-se cancerígenas em muitas situações após se desenvolverem em diferentes tipos de tecidos, o que representava um empecilho para seu uso na medicina regenerativa.
A nova descoberta foi feita depois que os cientistas revisaram mais de 1,4 mil genes com a ajuda da base de dados do AIST para substituir o fator que associava as células iPS ao câncer.
Dessa forma, eles encontraram o chamado Glis1, definido pelo próprio Yamanaka como "o gene mágico", que significará, em suas palavras, "um grande passo adiante para as aplicações clínicas". Além de reduzir o risco de câncer, o Glis1 pode gerar células iPS de um modo dez vezes mais eficiente que antes.
Os cientistas acreditam que as células iPS possam se desenvolver em tecidos humanos e órgãos, o que daria um grande impulso à ciência regenerativa.
No entanto, os pesquisadores indicaram que, embora o risco diminua, outros genes que intervêm no processo podem provocar câncer. Por isso, as pesquisas que buscam reduzir tais riscos devem continuar.


Fonte: G1

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Pesquisadores já podem testar células-tronco em seres humanos


Pesquisadores americanos receberam autorização para os primeiros testes em seres humanos de uma terapia que visa a recuperar movimentos em casos de lesão na medula.
A técnica usa células-tronco embrionárias, que teoricamente podem se transformar em qualquer tipo de tecido.
Cientistas costumam comparar nosso sistema nervoso com um grande circuito elétrico. Os sinais enviados pelo cérebro percorrem os nervos e assim chutamos, corremos ou, simplesmente, sorrimos. Mas quando um acidente provoca uma grave lesão na medula espinhal é como um curto circuito.
Usando células-tronco de embriões descartados pelos laboratórios de fertilização, cientistas da Universidade da Califórnia e de uma empresa de genética americana criaram uma nova célula capaz de restaurar os nervos lesionados.
Nervos danificados não permitem a passagem dos sinais enviados pelo cérebro para iniciar os movimentos. Vítimas de acidentes vão receber injeções das novas células no local da lesão.
Se der certo, recriarão em torno dos nervos lesionados o que foi perdido por causa do acidente. Com isso, espera-se permitir a passagem das ordens enviadas pelo cérebro e recuperar movimentos.
Depois dos primeiros resultados positivos com camundongos, o governo americano chegou a dar sinal verde pra pesquisa com humanos. Mas recuou porque apareceram efeitos colaterais em alguns ratos.
Os pesquisadores dizem que eliminaram o problema e agora receberam nova autorização pra fazer o que anunciam como um feito histórico: a primeira pesquisa com células-tronco embrionárias em seres humanos.
Essa é a fase 1 da pesquisa, que deve levar anos até chegar aos hospitais. O responsável pelo estudo não quer euforia. Disse que espera restaurar parte dos movimentos em vítimas de acidentes.
“A comunidade científica ainda precisa de tempo pra constatar o alcance do novo tratamento. O que não se discute é que hoje demos todos o primeiro passo pra uma grande esperança”.
“Sempre que se anuncia uma nova tentativa terapêutica, os pacientes querem ser os primeiros a se envolver, querem ser as cobaias. Mas os primeiros não vão ter vantagem, é muito importante deixar isso claro. A partir desse resultados, nós vamos aprender muito e vamos poder cortar caminho de uma maneira mais segura e com mais conhecimento”, declarou a geneticista Mayana Zatz.
G1

Células-tronco contra a cegueira

Chris Mason, especialista em medicina regenerativa da Universidade College London, disse que pesquisadores britânicos pretendem seguir os passos de seus colegas norte-americanos e começar testes no ano que vem com células-tronco, para combater uma degeneração celular que causa cegueira.
O governo dos Estados Unidos atualmente briga na Justiça para permitir o financiamento público de pesquisas com células-tronco.
No mês passado, um tribunal de recursos do país suspendeu uma decisão judicial prévia que proibia pesquisas com células-tronco embrionárias financiadas com verbas do governo federal.
O debate, no entanto, não envolve as pesquisas realizadas em Atlanta, que são feitas com financiamento privado de US$ 170 milhões, da própria Geron.

Lesões na coluna vertebral

Começaram nos Estados Unidos os primeiros testes oficiais do mundo feitos com células-tronco embrionárias humanas, com aval de reguladores estatais.
Em Atlanta, médicos estão usando as células-tronco para tratar lesões severas na coluna vertebral, após autorização da FDA, agência governamental norte-americana que regula medicamentos e alimentos. Os médicos informaram que já têm um paciente para os testes iniciais.
A técnica envolve a retirada de células de embriões humanos, que têm o potencial de se converter em diferentes tipos de células do corpo, inclusive no sistema nervoso.
Durante os testes, serão injetadas células-tronco na coluna vertebral dos pacientes, para avaliar se o procedimento é seguro.
Nos estudos realizados com animais, camundongos com paralisia recuperaram alguns movimentos. Mas ainda não se sabe se o método trará benefícios a seres humanos, conforme relata a repórter de saúde da BBC News, Michelle Roberts.
Reversão da paralisia
A cada ano, cerca de 12 mil pessoas sofrem lesões na coluna nos Estados Unidos. As causas mais comuns são acidentes automobilísticos, quedas, tiros e lesões esportivas.
Nos testes de Atlanta, pacientes que se lesionaram nos 14 dias anteriores ao estudo receberão o tratamento experimental.
A empresa responsável pelos testes, Geron Corporation, defende que a técnica pode no futuro ajudar a regenerar células nervosas em pacientes com paralisia.
Já críticos do método consideram-no um experimento com seres humanos e pedem que seja banido.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Células-tronco tratam queimaduras graves


 
A célula-tronco mesenquimal, encontrada primariamente na medula óssea, acelera a cicatrização de feridas geradas por queimaduras graves. O resultado é de uma pesquisa feita na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo).
As células-tronco foram aplicadas em ratos que tinham queimaduras de terceiro grau e cerca de 40% da superfície corporal queimada. No teste, houve ratos que receberam as células e os que não receberam, sendo que ambos tinham sofrido queimaduras.
De acordo com a Agência USP de Notícias, entre aqueles que não receberam as células-tronco, foi registrado um índice de cicatrização de 80%, 60 dias após a queimadura. Já no outro grupo a taxa foi de 100% nesse período. A bióloga Carolina Caliari Oliveira, autora da pesquisa, diz que isso aconteceu por causa da ação das -tronco mesenquimais, que são responsáveis por gerar tecidos da linhagem mesodérmica, como osso, cartilagem e músculo.
Ela diz que ainda não se sabe exatamente como a célula atua no corpo de modo a agilizar a cicatrização. Uma das hipóteses está relacionada a um dos efeitos que a célula ocasiona. Carolina percebeu que os animais tratados apresentaram maior quantidade de tecido de granulação (tecido provisório que é formado quando há alguma lesão) e de vasos sanguíneos na região queimada após o tratamento, o que pode ajudar na cicatrização.
Além da cicatrização mais rápida, os animais tratados também apresentaram melhorias em relação a outros efeitos de queimadura grave, como inflamações e infecções graves.
As células-tronco mesenquimais usadas foram obtidas de medulas ósseas de camundongos e cultivadas em laboratório. A bióloga pretende dar continuidade ao seu estudo.
– A ideia agora é utilizar células mesenquimais de seres humanos, que podem ser obtidas da veia do cordão umbilical e do tecido adiposo.
Fonte: R7

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Tratamento contra AVC com células-tronco tem resultados positivos


                   

                Células-tronco auxiliam o organismo a reparar o tecido cerebral danificado

Os primeiros testes clínicos realizados com células-tronco em pacientes que sofreram derrames não apresentaram resultados adversos. A primeira experiência foi feita com um grupo de três voluntários. Um idoso foi a primeira pessoa no mundo a receber o tratamento, em 2010. Desde então, a técnica foi testada em outros dois pacientes no Reino Unido.

A partir do resultado positivo, e da autorização oficial do governo, a segunda fase do estudo poderá ser feita em maior escala. A equipe de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Glasgow, na Escócia, acredita que as células-tronco auxiliam o organismo a reparar o tecido cerebral danificado por um derrame.

Testes

A primeira avaliação foi feita a partir da injeção de células-tronco no cérebro de três pacientes que haviam sofrido AVC. Primando pela segurança, as primeiras doses de células injetadas foram de pequeno volume.

Em 2012, o objetivo dos pesquisadores é que um grupo maior de voluntários receba doses progressivamente maiores. Os testes clínicos também vão avaliar a eficiência do tratamento.

Fonte: Clicrbs
Edição do dia 05/10/2011

Cientistas criam embrião usando célula humana adulta .Feito é inédito no meio científico, mas células-tronco resultantes da experiência não servem para tratamentos de doenças.



Cientistas americanos anunciaram um feito inédito. Eles reprogramaram uma célula humana adulta para criar um embrião em um estágio inicial. Com isso, conseguiram células-tronco embrionárias, que têm supostamente a capacidade de se transformar em vários tecidos do corpo.
Mas o estudo, publicado nesta quarta-feira (05) na revista Nature, revela um obstáculo considerado grande pelos próprios pesquisadores: as células-tronco resultantes da experiência são anormais. Elas têm mais material genético do que uma célula humana comum, por isso não servem no tratamento de doenças ou na clonagem de um ser humano.

Mesmo assim, os cientistas acham que a experiência poderá ajudar a desenvolver uma técnica que permita a clonagem de células-tronco personalizadas para cada paciente.
 ( Portal G1)